O FANATISMO

Há longos e longos séculos o homem vem experimentando em sua evolução moral e intelectual o fanatismo. Resquício ainda de uma humanidade em evolução, o qual será extirpado totalmente quando o homem atingir uma evolução moral e intelectual condizentes com os preceitos ensinados pelo mestre Jesus.
Três são os tipos de fanatismo ainda muito presentes em nossa sociedade. O FUTEBOLÍSTICO, o POLITÍCO e o RELIGIOSO.
No FUTEBOLÍSTICO vemos grandes massas nos estádios se digladiando com palavras e atos que levam inclusive à morte. Lembramos aqui dos grandes acontecimentos que sucediam no coliseu em Roma. Onde os leões famintos eram lançados sobre os cristãos indefesos e a massa entenebrecida pelos desejos mais primários gritavam urras e vivas quando os irracionais matavam suas vítimas indefesas.
Na POLITÍCA quando levantamos uma bandeira em prol de um partido político de forma a dizer que este partido é melhor que os demais, enaltecendo os possíveis deslizes dos outros partidos e não mencionando nenhum deslize do partido que ora defendemos, esquecemos que somos todos, não homens, mas sim espíritos eternos, em processo de evolução continua e que hoje somos melhores do que ontem e amanha caberá também a nós mesmos, sermos melhores do que hoje.
No campo RELIGIOSO, quando acreditamos que nossa religião é melhor do que as demais, estamos praticando também o fanatismo. Todas as criaturas estão no lugar certo onde precisam estar. A verdade religiosa não está restrita a uma agremiação religiosa simplesmente. Quando nós nos vemos como filhos de um Deus único, assim como todos aqueles que professam outras ou nenhuma religião, entendemos que somos irmãos perante o criador. Passamos a ter uma visão melhor de Deus e de nós mesmos. Passamos a amar o nosso próximo sem distinção de raça, credo, cor ou condição social. O projeto de Deus para conosco consiste em evoluirmos como espíritos eternos.
O homem engatinhava como pessoa humana quando Moises recebeu os 10 mandamentos, nós ainda tínhamos a visão de Deus como uma criatura que castigava seus filhos sentados em um grande trono. Quando Jesus veio e confirmou que não tinha vindo para mudar a lei (os 10 mandamentos), e sim dar um novo entendimento, trazendo uma nova visão de Deus, uma visão de Amor e que deveríamos “Amar ao Próximo como a nos Mesmos” para que possamos sair das raias da ignorância e poder desfrutar os prazeres da vida eterna. Posteriormente com o advento do Espiritismo, os Espíritos Evoluídos vêm nos trazer um novo entendimento para o Evangelho de Jesus.
Somente tendo o evangelho de Jesus como Manual de Conduta Humana, que poderemos ser felizes, sentimento este, almejado por toda criatura que estagia no orbe terrestre. É possível sim sermos nós mesmos em quaisquer situações que nós encontremos: seja como pais, filhos, profissionais, amigo, parente, e até mesmo com os desafetos, como bem nos recomendou Jesus em seus ensinamentos.
Por muitas vidas temos freqüentado uma igreja aos domingos e em nosso íntimo achar que estamos quites com Deus, pois fizemos “nossa obrigação”. Guardamos ainda o entendimento do passado quando víamos Deus como um castigador. Tiremos nossas máscaras, não precisamos delas, devemos ser nós mesmos em qualquer situação, seja em que lado estivermos, somente assim que teremos a paz tão sonhada por todos nós.
Jesus nos abençoe a todos.
Lúgero Souza